Na sequência do desenvolvimento de conteúdos para a exposição da Gralha-de-bico-vermelho, a equipa do LEA com o imprescindível apoio do departamento Audiovisual da UTAD propôs-se realizar um pequeno vídeo documental para dar a conhecer a espécie e o trabalho desenvolvido desde a génese do projecto Bico-vermelho. O objectivo, aparentemente simples à primeira vista, após um planeamento mais cuidado e depois de identificados os constrangimentos de natureza logística, temporal e da própria ecologia da espécie, depressa começou a preocupar a equipa sobre a real implementação das nossas expectativas em contraponto com o que de facto seria exequível. Com uma projecção optimista de apenas um par de saídas para a captação de imagens relativas ao habitat, à espécie, e das pessoas e meios afectos a este projecto, a experiência da equipa dos audiovisuais ditava que seria muito pouco tempo para produzir um resultado final que fosse representativo do nosso esforço de conservação, educacional e ainda que transmitisse a emoção que o contacto com estas aves tão especiais nos proporciona.
Com todas estas variáveis em mente e com o sentimento de desafio como cenário, partimos para o campo com uma pré-produção e um "guião" envolvidos numa grande expectativa… tudo poderia acontecer.
Subimos cedo pela manhã para o Parque Natural do Alvão com o objectivo de captar imagens relativas a medidas de conservação implementadas no abrigo localizado neste parque, e junto de dois outros potenciais dormitórios intervencionados no ano de 2008. A ausência de Gralhas-de-bico-vermelho junto dos abrigos como era expectável, de certa forma contribuiu para um efeito documental que até então nos tinha escapado...há que captar imagens da envolvente dos abrigos e mostrar a natureza tal como ela é.
Logo após um curto e improvisado almoço, seguimos caminho para o Barroso onde esperávamos, com alguma sorte obter imagens das Gralhas-de-bico-vermelho, sem as quais as nossas intenções sairiam goradas. Chegados à serra, dirigimo-nos aos locais habituais utilizados por esta espécie na expectativa de obter imagens de aves em alimentação. Porém, contra as nossas expectativas, as protagonistas do nosso pequeno filme não tinham comparecido. Nada mais restou à equipa senão obter imagens do habitat típico desta espécie, interrompidas periodicamente por algumas considerações sobre o projecto e o trabalho desenvolvido durante as monitorizações da espécie… é em momentos destes que nos apercebemos do valor de Sir David Attenborough…!
Com todas estas variáveis em mente e com o sentimento de desafio como cenário, partimos para o campo com uma pré-produção e um "guião" envolvidos numa grande expectativa… tudo poderia acontecer.
Subimos cedo pela manhã para o Parque Natural do Alvão com o objectivo de captar imagens relativas a medidas de conservação implementadas no abrigo localizado neste parque, e junto de dois outros potenciais dormitórios intervencionados no ano de 2008. A ausência de Gralhas-de-bico-vermelho junto dos abrigos como era expectável, de certa forma contribuiu para um efeito documental que até então nos tinha escapado...há que captar imagens da envolvente dos abrigos e mostrar a natureza tal como ela é.
Logo após um curto e improvisado almoço, seguimos caminho para o Barroso onde esperávamos, com alguma sorte obter imagens das Gralhas-de-bico-vermelho, sem as quais as nossas intenções sairiam goradas. Chegados à serra, dirigimo-nos aos locais habituais utilizados por esta espécie na expectativa de obter imagens de aves em alimentação. Porém, contra as nossas expectativas, as protagonistas do nosso pequeno filme não tinham comparecido. Nada mais restou à equipa senão obter imagens do habitat típico desta espécie, interrompidas periodicamente por algumas considerações sobre o projecto e o trabalho desenvolvido durante as monitorizações da espécie… é em momentos destes que nos apercebemos do valor de Sir David Attenborough…!
Sempre guiados pela dificuldade em obter imagens de exemplares de Gralha-de-bico-vermelho rumámos mais para Norte em direcção ao que é por nós considerado um do principais abrigos da espécie no noroeste de Portugal e onde iríamos realizar as contagens destas aves neste mês de Março. No entanto, estávamos longe de imaginar que a pouco menos de um par de quilómetros do nosso destino e com o Sol a caminhar para o seu ocaso, iria surgir um obstáculo que nos atrasaria na nossa viagem. Na verdade, o acesso frequentemente utilizado para chegar ao dormitório não tinha resistido às recentes intempéries e apresentava linhas de erosão provocados por torrentes de água, que em alguns casos ultrapassavam os 2 metros de profundidade, e nos obrigaram a dar meia volta e percorrer o caminho mais longo. Desta feita, com as horas contadas até ao pôr-do-sol, o caminho parecia nunca mais terminar e perspectivava-se a passos largos a impossibilidade de obter os tão desejados contactos com Gralhas-de-bico-vermelho.
Uma vez chegados ao destino, um pouco atrasados, e após um rápido comentário sobre as boas condições de luz para as filmagens, rapidamente se iniciou a distribuição dos colaboradores pelos vários locais de abrigo que constituem o núcleo do Barroso. No entanto, passados poucos segundos, curiosamente ninguém discutia estratégias nem procedimentos, o silêncio entre nós era geral… afinal as nossas amigas já se encontravam na área dos abrigos, e vocalizavam freneticamente como que a avisar que já nos tinham observado e estavam de alerta.
Uma vez chegados ao destino, um pouco atrasados, e após um rápido comentário sobre as boas condições de luz para as filmagens, rapidamente se iniciou a distribuição dos colaboradores pelos vários locais de abrigo que constituem o núcleo do Barroso. No entanto, passados poucos segundos, curiosamente ninguém discutia estratégias nem procedimentos, o silêncio entre nós era geral… afinal as nossas amigas já se encontravam na área dos abrigos, e vocalizavam freneticamente como que a avisar que já nos tinham observado e estavam de alerta.
Enquanto nos posicionávamos apressadamente nos vários dormitórios, aproveitámos para fazer os registos habituais… Desta vez foram registadas 17 gralhas! Deste bando acabariam por se separar 3 casais que se dirigiram para os seus dormitórios isoladamente.
Após a entrada de todas as aves nos seus abrigos, pouco depois das 18:40h, o ânimo era patente em todos nós. Comentava-se que contra todas as expectativas, o incansável “câmera-man” tinha conseguido captar as tão desejadas imagens de Gralhas-de-bico-vermelho em actividade nas imediações do abrigo. E não só tinha conseguido recolher uma grande variedade de planos, como ainda terá filmado a entrada das aves no dormitório logo após o pôr-do-sol. A expectativa patente nas filmagens, acabou por ceder a todo o registo de um espírito de final bem sucedido, de sucesso contra a probabilidade. Longe de terminada esta história, ainda falta a montagem das peças na sequência certa, e fazer com que o resultado final seja o culminar de uma experiência valiosa em prol da conservação desta espécie! Resta-nos então aguardar para que em breve o nosso pequeno documentário possa ser exibido durante a exposição a ter lugar no PNAl, nos próximos meses. Até lá divulgamos algumas das imagens dos "backstages"...
